A questão do piso salarial dos professores na Bahia tem gerado paralisações frequentes, refletindo a insatisfação dos docentes com as políticas educacionais do estado. Na manhã desta terça-feira (28), em Luís Eduardo Magalhães, professores protestaram por melhorias na educação, destacando a gravidade da situação educacional na região.
Dados indicam que a Bahia ainda enfrenta um grave problema de analfabetismo, com mais de 1,6 milhão de pessoas que não sabem ler e escrever. Esse cenário é visto pelos professores como um reflexo do descaso do governo estadual com a educação. Entre as principais reivindicações dos professores estão:
1. Revogação da Portaria 190: Considerada prejudicial aos interesses da categoria.
2. Pagamento dos juros de mora dos Precatórios do FUNDEF.
3. Reforma do Plano de Carreira e Vencimentos do Magistério Público.
4. Pagamento do Piso Nacional do Magistério: A falta de pagamento tem gerado perdas salariais que superam 54% nos últimos anos.
5. Combate ao Analfabetismo: Com a Bahia abrigando um alto número de analfabetos, os professores clamam por políticas eficazes de alfabetização.
6. Suporte Técnico e Pedagógico: Deficiência de pessoal de apoio nas escolas.
7. Formação Continuada Presencial: Ausência de programas de formação para docentes.
8. Equipamentos Eletrônicos: Necessidade de dispositivos para uso do Diário Digital.
9. Reconstrução do Plano de Saúde dos Servidores (PLANSERV): Plano está em condições precárias.
10. Melhoria na Tabela de Aposentados: Muitos aposentados recebem valores insuficientes.
11. Condições de Trabalho para Contratados REDAS: Precarização dos contratos temporários.
Além dessas questões, os professores criticam a política de aprovação automática, que, segundo eles, visa apenas melhorar os índices no IDEB, sem garantir aprendizado real aos alunos. Em entrevista ao repórter Weslei Santos da Rádio Mundial FM e do Blogdo Sigi Vilares, uma professora relatou que, se o professor nao aprova o aluno pelo seu não desenvolvimento, no final do ano letivo o governador Jerônimo Rodrigues aprova o aluno sem aprendizado algum
A situação tem impacto direto na qualidade da educação na Bahia, afetando milhares de estudantes e perpetuando o ciclo de deficiências educacionais. As paralisações e protestos buscam chamar a atenção para esses problemas e pressionar o governo a tomar medidas efetivas para valorização do magistério e melhoria das condições educacionais no estado.
Jbnoticias/com reportagem de Weslei Santos/Blog do Sigi Vilares