A primeira vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, e o diretor executivo, Gustavo Prado, comandaram o painel “Retorno Social dos Programas da Abapa” durante o II Congresso do Agronegócio do Oeste da Bahia. O evento, realizado pela subseção de Luís Eduardo Magalhães da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), buscou promover debates sobre temas jurídicos, econômicos e sociais relacionados ao agronegócio, nos dias 18 e 19 deste mês.
Alessandra Zanotto Costa abordou, em sua participação, a questão da sustentabilidade e a evolução do algodão brasileiro, destacando a trajetória da cultura, que possibilitou ao Brasil deixar de ser o maior importador da fibra para se tornar o maior exportador mundial. Ela ressaltou o papel essencial dos agricultores da região no aumento da produtividade em áreas cada vez menores, buscando um equilíbrio entre produção e conservação ambiental.
Apresentando dados relevantes, Alessandra explicou que a Bahia possui uma área total de 56,7 milhões de hectares, dos quais 38,8 milhões são de vegetação nativa. A cultura do algodão ocupa apenas 0,55% da área total do estado, enquanto o Oeste da Bahia destina cerca de 38,7% de suas áreas para a preservação ambiental. “Isso significa que 56,1% do território baiano está preservado. O agricultor entende que a saúde do solo é fundamental para o seu negócio, para a sua família e para as futuras gerações”, destacou Alessandra, enfatizando a responsabilidade dos produtores na preservação ambiental.
Complementando as informações, Gustavo Prado apresentou o estudo realizado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que mensura o retorno social dos investimentos da Abapa. “Para cada real investido em ações, projetos e programas da associação, o retorno social médio para a sociedade é de R$ 3,52”, explicou Gustavo. Entre os programas citados estão as melhorias de estradas, a Patrulha Mecanizada, o programa “Conhecendo o Agro”, que leva informações sobre o setor agrícola aos estudantes da região, e o Centro de Treinamento da Abapa, que já qualificou gratuitamente mais de 100 mil pessoas para o mercado de trabalho.
Gustavo também destacou que esses resultados são fruto das parcerias entre a Abapa, entidades parceiras, os agricultores, o governo do estado e as prefeituras da região, o que tem proporcionado a melhoria da qualidade de vida das pessoas e aproximado cada vez mais o setor produtivo da sociedade.
Arthur Granish, presidente da OAB de Luís Eduardo Magalhães, ressaltou a importância da parceria com a Abapa para a realização do congresso. “Além dos participantes da região Oeste, o evento atraiu pessoas de outros estados, como o Piauí e o Pará, que puderam conhecer mais sobre o trabalho realizado por associações como a Abapa. Esse aprofundamento é essencial, pois a região é referência no agronegócio brasileiro”, afirmou Granish.
Durante os dois dias de evento, o público teve a oportunidade de acompanhar discussões sobre temas de grande relevância para o setor agrícola, como reforma tributária, regularização fundiária, sustentabilidade, planejamento sucessório, financiamento rural e crises financeiras.
Assessoria de Imprensa Abapa