Kamala Harris descarta isenção religiosa em leis de aborto

Candidata à Presidência dos EUA mantém sua posição pela legalização da prática

Kamala Harris Foto: EFE/EPA/ERIK S. LESSER

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reafirmou que não abrirá exceções religiosas nas leis sobre o aborto. O tema tem sido uma prioridade em sua agenda, especialmente após as recentes mudanças nas leis de direitos reprodutivos.

Em entrevista à NBC News, a candidata à presidência declarou que a defesa pelo direito de escolha das mulheres não é só uma batalha sua, mas também de seus eleitores.

– E eu sei que há membros do Congresso dos Estados Unidos que estão bem cientes de que seus eleitores são a favor do princípio fundamental de que uma mulher deve ser capaz de tomar decisões sobre seu próprio corpo, e não ter seu governo dizendo a ela o que fazer – disse.

Questionada sobre fazer isenções religiosas, ela negou que esteja disposta a fazer qualquer concessão.

– Não acho que devamos fazer concessões quando falamos sobre a liberdade fundamental de tomar decisões sobre seu próprio corpo.

Ainda sobre o assunto, Kamala declarou:

– Vamos começar com um fato fundamental, uma liberdade básica foi tirada das mulheres da América: a liberdade de tomar decisões sobre seus próprios corpos. E isso não pode ser negociável, que é que precisamos colocar de volta as proteções de Roe v Wade. E é isso.

Harris abordou as consequências da decisão da Suprema Corte no caso Dobbs, que anulou as proteções do histórico caso Roe v. Wade. De acordo com a vice-presidente, 20 estados já impuseram restrições ao aborto, algumas delas sem prever exceções para casos de estupro ou incesto. Ela destacou, por exemplo, o estado do Texas, onde médicos e enfermeiros podem enfrentar prisão perpétua se fornecerem cuidados reprodutivos.

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