Disputas contam com candidatos que são amplamente favoritos







Senadores e deputados se reúnem neste sábado (1°) para eleger os próximos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. No Senado, o pleito está marcado para acontecer às 10h e tem quatro nomes na disputa pelo comando da Casa. Já na Câmara, a votação acontecerá às 16h e três parlamentares estão na corrida para suceder Arthur Lira (PP-AL).
Diferentemente da última eleição, em 2023, quando, ao menos no Senado, o pleito chegou a apresentar uma campanha minimamente acirrada entre os partidários de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tinha o apoio do governo, e de Rogério Marinho (PL-RN), endossado pela oposição, desta vez a definição de ambas as casas não deve trazer grandes surpresas.
CANDIDATOS NO SENADO
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)
Presidente do Senado entre 2019 e 2021, Alcolumbre tem amplo favoritismo para voltar ao comando da Casa. Um dos principais articuladores da eleição de Rodrigo Pacheco, o parlamentar do União Brasil tem uma forte base de apoio composta por pelo menos nove dos 12 partidos representados na Casa Alta.
O favoritismo em relação ao nome de Alcolumbre decorre principalmente do fato de que tanto governistas quanto oposicionistas têm formado o arco de aliança em torno da eleição do político amapaense. O PL e o PT, por exemplo, devem ocupar cargos nas vice-presidências do Senado caso Alcolumbre confirme a vitória neste sábado.
CANDIDATOS NA CÂMARA
Hugo Motta (Republicanos-PB)
Assim como Alcolumbre no Senado, o deputado federal Hugo Motta também é considerado amplamente favorito a presidir a Câmara pelos próximos dois anos. Sua candidatura conta com o apoio de 18 partidos, incluindo legendas de diferentes espectros ideológicos, como PL e PT.
Motta também é apoiado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e tem se comprometido a manter uma agenda de diálogo e equilíbrio, buscando atender tanto as pautas da base governista quanto da oposição.
Henrique Vieira (PSOL-RJ)
Com o pleito da Câmara praticamente decidido, Vieira tem uma candidatura considerada meramente simbólica e deve obter um número reduzido de votos em torno de seu nome. Integrante da base progressista do Parlamento, o congressista deve ter seu apoio reduzido a somente a base de sua sigla e, eventualmente, políticos mais ideológicos dentro do espectro de esquerda.
Marcel van Hattem (Novo-RS)
O deputado federal pelo Rio Grande do Sul é, dentro do pleito, o nome que representa a oposição mais forte ao bloco que apoia Hugo Motta. O parlamentar do Novo se apresenta como “a candidatura de direita para a Presidência da Câmara” e defende maior transparência na Casa e o fim dos chamados “acordões políticos”.
Em um artigo publicado nesta sexta no site Gazeta do Povo, o deputado ressaltou que é “absolutamente contra a utilização dos perseguidos políticos brasileiros como instrumento de barganha política” e destacou que Hugo Motta não tratou do assunto com clareza até o momento.
– É a triste realidade: a crueldade imposta pelo PT e pelo Supremo Tribunal Federal a tantos brasileiros cujo “crime” é ser de oposição a Lula, só é possível com a cumplicidade do Centrão de Hugo Motta, de Arthur Lira, de Davi Alcolumbre e de Rodrigo Pacheco – completou van Hattem.
Pleno News