Reação é motivada pela morte do líder político do grupo terrorista islâmico palestino, Ismail Haniyeh
O Hamas convocou o mundo árabe e, em particular, todo o povo palestino da Cisjordânia a sair às ruas nesta sexta-feira (2) em “um dia de raiva avassaladora” pelo funeral no Catar do principal líder político do grupo terrorista islâmico palestino, Ismail Haniyeh, morto nesta quarta-feira (31) em um ataque de Israel em Teerã.
– Que amanhã, sexta-feira, seja um dia de raiva avassaladora na denúncia do crime de assassinato e rejeição do genocídio na Faixa de Gaza, e na defesa de nossa terra, nossa Jerusalém e nossa abençoada Mesquita de Al Aqsa – declarou o Hamas em comunicado.
O grupo terrorista se refere rotineiramente a “dias de fúria” quando convoca manifestações e protestos contra Israel.
Especificamente na Cisjordânia, o Hamas chamou as “massas do povo rebelde” a se revoltarem contra “a criminosa ocupação sionista e seus colonos terroristas” e em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, submetidos a uma guerra que se arrasta há 300 dias, com cerca de 39.500 mortos.
– Nós, o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, os convocamos a realizar a oração de ausência pela alma do líder mártir Ismail Haniyeh, amanhã, após as orações de sexta-feira, em todas as mesquitas, em fidelidade a ele, à sua mensagem e ao sangue dos mártires – ressaltou o Hamas.
Depois de uma cerimônia nesta quinta-feira (1º) em Teerã, oficiada pelo aiatolá Khamenei, o corpo de Haniyeh foi transferido para Doha, onde o funeral do ex-líder político do Hamas será realizado nesta sexta.
O líder islâmico, que vivia no Catar desde 2019, estava visitando Teerã, e participou da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, na terça-feira (30), quando foi vítima de um ataque atribuído a Israel, no prédio onde estava hospedado.
Israel não reconheceu a responsabilidade pela morte de Haniyeh, embora isso seja amplamente presumido. Hamas e Irã acusam diretamente o país.
Também não foram divulgados detalhes do ataque, apenas que seu guarda-costas foi morto com ele, e não está claro se foi realizado por um míssil guiado de fora ou de dentro do território iraniano.
*EFE
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