Por Ana Pompeu | Folhapress
O governo federal e os servidores ambientais assinaram acordo nesta segunda-feira (12). Durante a reunião, as cláusulas do termo da negociação foram apresentadas à categoria. O ato deve encerrar a greve de mais de um mês da categoria. Ainda assim, os servidores se dizem insatisfeitos e afirmam que a mobilização continuará.
A categoria começou a grave em 24 de junho e a ampliou em 1° de julho. Eles reivindicam ao governo Lula (PT) melhores condições de trabalho, a reestruturação da carreira e reajuste salarial.
A negociação inclui reestruturação de cargos, com mudança nas tabelas de servidores. O Ministério da Gestão e Inovação apresentou um incremento no plano de especial de cargos dos servidores ambientais e nível auxiliar, elevando o reajuste previsto para 2025 de 8,5% para 9,5% e 4% em 2026, além da quebra de barreira para progressão dos servidores.
O acordo assinado prevê ainda a criação de um grupo de trabalho, com participação dos ministérios da Gestão e Inovação e do Meio Ambiente, para avaliar o enquadramento das carreiras nos requisitos para receber indenização de fronteira e criação do adicional de risco.
Uma das entidades representativas dos servidores, a Ascema (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente), divulgou nota com críticas à postura do governo. De acordo com ela, o Ministério de Gestão e Inovação “foi enfático ao afirmar que não haveria possibilidade de uma nova reunião e que o acordo deveria ser assinado no mesmo dia, sob pena de não haver acordo”.
“Com isso chega-se ao final da mesa temporária ambiental, a greve deve se encerrar, mas a categoria continuará mobilizada, já que o acordo está muito distante da reestruturação almejada pela categoria”, diz o texto.
A Ascema afirma que o acordo foi feito a contragosto dos servidores e que não se trata de uma reestruturação da carreira, mas sim de um reajuste.
BN