LEM: Veiculo capota e fica com as rodas para cima na avenida Salvador, entre os bairros Mimoso I e Central Park

No início da madrugada deste domingo (25), por volta da meia noite, um veículo capotou e ficou com as quatro rodas para cima na avenida Salvador, nas imediações da rua Manoel Novais, entre os bairros Mimoso I e Central Park, em Luís Eduardo Magalhães. Segundo um morador que entrou em contato com a nossa redação, o sinistro acabou de acontecer.

Ainda de acordo com o relato, ele mesmo acionou os agentes da SUTRANS para atender à ocorrência. Segundo ele, o local é considerado extremamente movimentado, principalmente nos finais de semana, devido ao grande fluxo de veículos que circulam para bairros e fazendas ou estacionam tanto na via quanto nos canteiros e alça de desaceleração próximos aos comércios da região.

Até o momento, não há informações sobre o que causou o capotamento, nem sobre a existência de feridos. A SUTRANS foi acionada e deverá apurar as circunstâncias do acidente.

Reportagem de Weslei Santos/ Blog do Sigi Vilares

Avicultura baiana reforça medidas sanitárias contra gripe aviária

aves - gripe aviária
Foto: Pixabay

Com o surto de gripe aviária registrado em pelo menos cinco estados do país nos últimos dias, entidades representativas da avicultura estão em alerta e reforçando, junto aos produtores, a continuidade dos protocolos de segurança sanitária nos aviários da Bahia.

O estado está entre os 10 maiores estados do país em número de rebanho de galináceos. Em 2024, foi registrado o abate de mais de 130 milhões de animais, segundo dados da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, do IBGE.

De acordo com a Associação Baiana de Avicultura (ABA), até o momento não há nenhum caso confirmado ou suspeito no estado.

No entanto, diante do atual cenário no país por causa da gripe aviária e da preocupação dos produtores, as medidas de prevenção e controle sanitário foram reforçadas.

“Aos nossos associados, nós já mandamos comunicados para eles solicitando que eles fiquem ainda mais atentos, que eles possam aplicar todos os protocolos e que pessoas que não estão envolvidas na criação das aves, elas não podem mais visitar esses galpões. Então, nós temos monitorado e nós estamos acompanhando todo esse movimento que tem acontecido”, disse a presidente da ABA em entrevista ao Canal Rural Bahia.

Além disso, Jordana reforçou que a população não precisa se preocupar com a transmissão da doença.

Esses últimos dias, estão sendo realmente no qual estamos atentos, mas a população pode continuar consumindo normalmente frango e ovos, porque não tem como H5N1 ser transmitida. Vocês podem consumir tranquilamente, porque não há como transmitir do animal para o humano. Então, podem ficar tranquilos e aqui na Bahia nós não temos nenhum caso e estamos atentos, monitorando.”, finalizou.

O diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz, alerta que, após conhecimento por qualquer meio, o produtor deverá fazer contato imediato com o escritório mais próximo da ADAB para adoção das medidas cabíveis.

“Nossas equipes administrativa e técnica seguirão o curso normal, com as atividades programadas de vigilância passiva e estão totalmente preparadas para agirem a qualquer notificação de sintomatologia respiratória e nervosa ou mortalidade das aves, que exigem o atendimento de emergência máxima”, declarou, lembrando que todos os servidores devem se sentir responsabilizados pela mitigação do problema, porém, só o médico veterinário deverá ser o autor da manipulação das aves suspeitas.

Para recebimento de notificações, o órgão informou que criou canais de atendimento ao setor, coordenados pelo Programa de Sanidade Avícola nos telefones: (71) 3194–2098 / 2099 / 99627-9797 ou através do e-mail pesa@adab.ba.gov.br .

Canal Rural

Brasil registra 4 mortes e 10 mil casos de oropouche em 2025

Estado mais afetado neste ano é o Espírito Santo

Mosquito-pólvora, vetor da febre oropouche Foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz

O Brasil soma ao menos quatro mortes causadas por febre oropouche em 2025. Até o momento, foram confirmados três óbitos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES- RJ) e um pela Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (SES-ES).

Em relação às infecções, até o dia 16 de maio, o Ministério da Saúde documentou 10.072 casos de oropouche no Brasil, segundo o boletim semanal do Centro de Operações de Emergências (COE). Isso representa um aumento de 56,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 6.440 casos.

Em todo o ano passado, foram confirmadas 13.853 infecções. Em 2023, o país teve 833 ocorrências. O estado mais afetado neste ano é o Espírito Santo, com 6.118 registros. Destacam-se ainda o Rio de Janeiro, com 1,9 mil casos; a Paraíba, com 640; e o Ceará, com 573.

De acordo com o COE, pessoas entre 20 e 59 anos representam 70,5% dos infectados. Entre os menores de 1 ano, foram registrados 12 casos, sendo seis no Rio de Janeiro, quatro no Espírito Santo, um no Ceará e um na Paraíba.

O QUE EXPLICA A ALTA DE CASOS
No ano passado, o ministério apontou que o salto estava associado à ampliação dos testes para a detecção da doença, distribuídos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com isso, os casos, que até então estavam concentrados na Região Norte, passaram a ser identificados em outras áreas.

Há ainda uma combinação de fatores que deve ser considerada, segundo a infectologista Jessica Fernandes Ramos, membro do Núcleo de Infectologia do Hospital Sírio-Libanês.

Um importante aspecto, diz Jessica, é a mutação do vírus responsável pela doença. No ano passado, uma nova linhagem do OROV foi detectada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a entidade, ela provavelmente surgiu no Amazonas entre 2010 e 2014, e se espalhou silenciosamente na segunda metade da década de 2010.

Pedro Vasconcelos, pesquisador emérito do Instituto Evandro Chagas (IEC), explicou em entrevista ao Estadão que mudanças climáticas, desmatamento e migrações humanas são outros fatores que contribuem para a disseminação do vírus.

PRIMEIRAS MORTES
Segundo Jessica, a preocupação agora é maior do que nos anos anteriores em decorrência dos óbitos registrados.

– Antes, era uma arbovirose com um curso mais benigno, sem registro de óbitos – observa.

Considerando o número de pessoas infectadas e o total de casos que resultaram em morte, a letalidade da doença ainda é considerada baixa, mas a médica reforça que a atenção deve ser redobrada.

O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?
O vírus oropouche (OROV) é transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Ele foi detectado no Brasil na década de 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

A doença tem dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros.

O maruim geralmente ocorre em agrovilas, bairros recém-construídos e áreas recém-desmatadas. Ele é diferente do Aedes aegypti, transmissor da dengue, que se dissemina mais facilmente em centros urbanos, onde há mais residências.

Por isso, segundo especialistas, é muito difícil dizer que haverá um aumento explosivo da transmissão. Mas o vírus pode sofrer uma mutação capaz de permitir sua adaptação a mosquitos da área urbana.

SINTOMAS
Os sintomas são similares aos da dengue. Há, porém, algumas diferenças na evolução do quadro clínico. Enquanto os pacientes com dengue podem desenvolver dor abdominal intensa e, nos casos mais graves, hemorragia interna, tais sintomas não costumam ser observados na febre oropouche.

No caso da oropouche, os quadros mais severos podem envolver o comprometimento do sistema nervoso central, ocasionando meningite asséptica e meningoencefalite, sobretudo em pacientes imunocomprometidos.

TRATAMENTO
Ainda não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche. Por isso, o tratamento é de suporte, ou seja, costumam ser administradas medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.

COMO PREVENIR?
De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem:

– Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;

– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas;

– Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como potes com água parada e folhas acumuladas;

– Se houver casos confirmados na sua região, é recomendado seguir as orientações da autoridade de saúde local para reduzir o risco de transmissão.

*AE

Pleno News

Homem é condenado por chamar “bolsonaristas” de “terroristas”

Professor também usou termos como “delinquentes” e “golpistas”

Manifestação do 8 de janeiro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um professor de Itatiba (SP), identificado como Luciano Rigolo, foi condenado na última quarta-feira (21) a um ano, quatro meses e vinte dias de reclusão em regime semiaberto. A sentença de primeira instância se refere a publicações feitas por ele nas redes sociais, nas quais mencionou moradores da cidade associando-os a termos como “bolsonaristas”, “terroristas” e “golpistas”.

De acordo com a juíza Fernanda Hata, que assinou a decisão, houve prática de calúnia – crime que se configura quando alguém atribui falsamente a outra pessoa a autoria de um ato criminoso. As declarações foram direcionadas a três indivíduos.

A defesa de Rigolo, representada pela advogada Larissa de Andrade, informou que pretende recorrer da decisão e adotar as providências legais cabíveis.

As postagens ocorreram em janeiro de 2023, na esteira dos acontecimentos registrados em Brasília no dia 8 daquele mês. Em uma das mensagens publicadas, o professor compartilhou a imagem de um servidor público local ao lado de afirmações sobre o envolvimento de apoiadores políticos com os eventos daquele dia. Em outra postagem, ele sugeria que atitudes similares deveriam ser denunciadas em outras cidades.

– Bolsonaristas são todos terroristas, todos. Pois mesmo quem não esteve presente no quebra-quebra em Brasília apoiaram, incentivaram e aplaudiram – escreveu.

Durante o processo, a defesa sustentou que as manifestações do professor estavam amparadas pelo direito à liberdade de expressão e que não configuravam crime. No entanto, segundo a juíza, o conteúdo das postagens representou imputações falsas de crime a terceiros.

A sentença também levou em consideração o histórico do réu, apontando que ele já havia sido condenado anteriormente por crimes contra a honra.

Pleno News

Dia do datilógrafo: conheça profissão que deixou de existir

Técnica de datilografia ‘abria portas’ no mercado de trabalho e foi ofício durante décadas; profissão sofreu declínio com avanço da tecnologia.

Continue após propaganda da Abatedouro Flor de Lis


Concurso para datilógrafo no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), Rio de Janeiro, em junho de 1941

Você já ouviu falar de datilografia? Dependendo da sua geração, a resposta pode ser sim ou não.

Nos anos 1970 até 1990, a técnica “abria portas” no mercado de trabalho e foi o ofício dos chamados datilógrafos. Segundo Erlando da Silva Rêses, professor da Universidade de Brasília (UnB), a profissão acabou sofrendo um declínio com o avanço da tecnologia, e as máquinas de escrever foram trocadas pelos computadores.

No Dia do Datilógrafo, celebrado neste sábado (24), conheça curiosidades sobre a profissão que “deixou de existir”.

O que é datilografia?

A técnica de datilografia trata de transcrever textos em máquinas de escrever. Entre as habilidades necessárias estão a digitação rápida e precisa, organização e atenção aos detalhes.

Os datilógrafos faziam cursos de especialização e testes rigorosos, que avaliavam, por exemplo, quantos toques fazem por minuto na máquina de escrever.

“Vários cursos como contabilidade, administração e secretariado davam muita ênfase à profissão de datilógrafo ou uso da datilografia”, diz Erlando da Silva Rêses.

Como era ser datilógrafo


Morador de Brasília, Getúlio Cruz, de 65 anos

Morador de Brasília, Getúlio Cruz, de 65 anos, aprendeu datilografia em 1975, quando a técnica era uma exigência para auxiliares de escritórios.

“Ser um bom auxiliar de escritório, era a oportunidade para crescer dentro de uma empresa e evoluir para gerenciar uma carteira mais elevada dentro da instituição”, conta Getúlio.

Segundo ele, ser datilógrafo exigia atenção, concentração e rapidez. “Algumas empresas exigiam 150 toques por minuto”, lembra.

Getúlio diz que na década de 1990 começaram a surgir os computadores, e quem já dominava datilografia tinha base para conseguir uma boa colocação. Mas, os cursos para aprender datilografia foram substituídos pelos de informática.

“O computador assumiu a posição majoritária, o datilógrafo virou figura extinta”, diz Getúlio.

Profissão que deixou de existir


Imagem de pessoas fazendo o curso de datilografia com olhos vendados

O professor Erlando da Silva Rêses, fez o curso de datilografia aos 15 anos, em 1986. Ele explica que quando as máquinas de escrever foram substituídas pelos teclados do computador, o mercado de trabalho passou a exigir a técnica de digitação.

Erlando diz que os datilógrafos tiveram facilidade com a mudança, porque já possuíam habilidades. 

“Era muito comum a gente fazer, por exemplo, teste de velocidade. Quanto mais rápido fosse na datilografia, melhor seria esse profissional para o mercado de trabalho”, diz o professor.

Por Marcella Rodrigues/G1 DF