Quase 90% das cidades do RS foram atingidas pelas fortes chuvas

Em todo o estado, cerca de 1,9 milhão de pessoas foram atingidas

Ao menos 116 pessoas perderam a vida e outras 143 estão desaparecidas em consequência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o último dia 26 – com maior intensidade a partir do dia 29.

Desde esta quinta-feira (9), a Defesa Civil estadual está divulgando os nomes de pessoas que morreram, bem como das cujo paradeiro é desconhecido. A lista já tem seis páginas. E não para de crescer.

Entre os nomes, estão os de Artemio Cobalchini, 72 anos, e Ivonete Cobalchini, 62 anos, cuja casa, em Bento Gonçalves, foi destruída pela força das águas. Os corpos de Seu Neco, como Artemio era conhecido, e da esposa, foram encontrados no último dia 3, por parentes e amigos. Uma das filhas do casal, Natália Cobalchini, está entre as 143 pessoas desaparecidas no estado.

A relação, contudo, não é completa, conforme reconhece a própria Defesa Civil estadual, que está a todo momento atualizando a lista com base nas informações que recebe das defesas civis municipais e da Polícia Civil. Ainda assim, não consta na relação de desaparecidos, por exemplo, o nome de Agnes da Silva Vicente.

Segundo a mãe de Agnes, Gabrielli Rodrigues da Silva, 24 anos, o bebê de sete meses caiu na água quando o barco usado para resgatar a família virou. Gabrielli e seus outros três filhos, incluindo a irmã gêmea de Agnes, Ágata, foram socorridos, mas a bebê não – embora, posteriormente, algumas pessoas tenham afirmado que Agnes também foi retirada da água.

Até o meio-dia de hoje (10), a Defesa Civil estadual contabilizava cerca de 1,9 milhão de pessoas de alguma foram afetadas, em 437 cidades, por efeitos adversos das chuvas, como inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos, desmoronamentos e outros.

Em todo o estado, ao menos 337.346 pessoas desalojadas tiveram que, em algum momento, buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos – muitas destas seguem aguardando que o nível das águas baixe para poderem retornar a suas casas. Outras 70.772 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, precisaram se refugiar em abrigos públicos ou de instituições assistenciais.

Frente a dimensão dos estragos, o governador Eduardo Leite reconheceu que não só o Rio Grande do Sul, mas todo o Brasil, terão que se ajustar a um novo contexto, no qual os eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes – segundo especialistas, como consequência das mudanças climáticas e do aquecimento do planeta.

“Já temos uma série de políticas em andamento, mas está muito nítido que precisamos fazer [ações efetivas] em outro grau, em outro patamar”, disse Leite a jornalistas, esta manhã. “[No estado] Já existem estruturas [para lidar com as mudanças climáticas]. O que vamos ter que fazer é transformá-las, dando outra robustez para estas estruturas […] Precisamos passar a um nível excepcional de qualidade técnica, tecnológica e de recursos […] Precisamos ter preparo para conviver com situações excepcionais como esta. Preparo que envolve desde sistemas de proteção e defesa das cidades; realocação de espaços e novas técnicas construtivas resistentes a outro patamar de comportamento do clima; sistema de alertas e de informação à população, para que ela saiba lidar com estas situações [extremas]”, acrescentou Leite.

Agência Brasil

Barreiras: Escola Municipal Antônio Bento de Freiras realiza Projeto de Leitura e Escrita

Na Escola Municipal Antônio Bento de Freiras, em Barreiras, um projeto está ganhando destaque neste mês de abril: “Livro Nosso de Cada Dia: Vivenciando a Leitura e Escrita na Diversidade Textual”. Com foco nas autoras da literatura infantil, o projeto tem como objetivo geral contribuir para a inserção dos estudantes em práticas de leitura e escrita de modo significativo, fomentando a formação de sujeitos-leitores envolvidos em práticas sociais e comunicativas essenciais para a compreensão do contexto sócio-histórico-político.

Os objetivos específicos do projeto incluem oportunizar situações de leitura no espaço escolar, propiciar a leitura por prazer, garantir o contato com diversos gêneros textuais, institucionalizar o cantinho da leitura em sala de aula, produzir e recriar textos a partir de leituras realizadas, entre outros.

Durante todo o mês de abril, os alunos têm se envolvido em diversas atividades relacionadas à leitura e escrita. A culminância do projeto está marcada para o dia 26 de abril, com apresentações de trabalhos dos alunos, recital de poesia e uma palestra especial com duas escritoras da cidade de Barreiras, Ananda Lima e Nara Rúbia.

Uma das iniciativas mais marcantes do projeto foi o “Apito da Leitura”, onde durante um momento específico do dia, todos na escola pararam suas atividades para pegar um livro, espalhados por toda a unidade de ensino, e dedicar-se à leitura.

Além disso, os estudantes têm produzido trabalhos sob orientação dos professores em sala de aula, explorando a criatividade e a expressão por meio da escrita.

O Projeto de Leitura e Escrita na Escola Municipal Antônio Bento de Freiras demonstra o compromisso da instituição com o desenvolvimento integral dos estudantes, proporcionando-lhes experiências significativas com a leitura e a escrita desde a infância, preparando-os para serem cidadãos críticos e participativos na sociedade.

Por Joelton Brito
Coordenador Pedagógico