Medida foi publicada no Diário Oficial, na última quarta-feira
SUS Foto: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
O município do Rio de Janeiro passou a reconhecer, de forma oficial, as práticas ancestrais de matrizes africanas como parte da promoção da saúde complementar ao SUS. A decisão foi publicada no Diário Oficial, na última quarta-feira (19).
As secretarias de Meio Ambiente e Clima e Saúde disseram que trata-se de um ato de reparação, legitimando saberes milenares como ebós, amacis e boris, que são rituais e oferendas praticados nas religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, além de banhos, chás e defumações dentro das políticas públicas de saúde.
A nova orientação na cidade determina que prontuários médicos em Clínicas da Família e Centros de Saúde considerem estados de preceito, interdição e quizila – restrições alimentares, de vestimenta e de contato interpessoal essenciais às tradições dessas comunidades. As informações são do jornal O Dia.
Uma iniciativa da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), ofereceu neste mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, um curso de capacitação com duas turmas compostas apenas por mulheres.
As aulas do curso de empilhadeira aconteceram em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia e abriu portas para mulheres nunca tiveram contato com o agro ou sempre quiseram, mas só faltava a oportunidade.
A auxiliar administrativo, Eliane Barbosa, contou que sempre quis operar máquinas e gostou da sensação. “É a primeira vez e a sensação é muito boa, viu? Senti frio no pé da barriga, mas foi bom”, disse.
São mulheres simples, trabalhadoras, mães de família. A Shirley Costa, é uma delas e há quatro anos, divulga as oportunidades em comunidades com o projeto social “Mulheres Protagonistas” em Luís Eduardo Magalhães.
“É um projeto focado na mulher da comunidade, porque há também essa dificuldade dessa comunicação, dessa divulgação de projetos voltados a capacitação profissional dessas mulheres. e o projeto? ele tem sido uma ponte entre a comunidade e o setor privado, né?”, disse a idealizadora do projeto social, Shirley Costa.
Centro de treinamento da Abapa em Luís Eduardo Magalhães (BA) | Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural Bahia
No Centro de Treinamento da Abapa, mais de 3 mil mulheres foram capacitadas em cursos agroindustriais nos últimos 15 anos.
De acordo com um estudo do Cepea e CNA, no primeiro trimestre de 2023, as mulheres do agronegócio representavam 23,41% do total de mulheres trabalhando no Brasil, um crescimento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, número que com a qualificação profissional, pode crescer ainda mais.
Cleuma Francisca é auxiliar de serviços gerais e está se especializando no terceiro curso profissional. E ela quer mais: “É o meu terceiro curso. Estou fazendo de empilhadeira, já fiz o de trator e também fiz o de pá carregadeira e ainda quero fazer de pulverização e colheitadeira”, conta.
Capacitação
Segundo o gerente do centro de treinamento, Douglas Fernandes, desde que o local foi inaugurado em 2010, mais de 115 mil pessoas foram alcançadas, seja por intermédio de cursos de capacitação, qualificação profissional, aperfeiçoamento, dentre outras áreas.
Além disso, ele ressaltou a importância de enfatizar o curso com turmas compostas apenas por mulheres.
“A ente percebeu que era importante dar uma ênfase, principalmente no mês da mulher, sobre essas oportunidades, para que elas pudessem perceber o quanto elas, sim, têm oportunidade de trabalho dentro das unidades de produção.”, disse Fernandes.
No curso de empilhadeira exclusivo para as elas, a expectativa é de um futuro de novas oportunidades, como para a manicure, Rute França, que mora em Barreiras (BA) e viajou mais de 80 quilômetros para se especializar em algo novo.
“Eu acredito que a profissão hoje não tem gênero e graças a Deus estamos conseguindo ver isso de forma mais seletiva, por mais que alguns lugares ainda tenham muito impedimento. Mas o mercado está abrindo as portas para as mulheres e a gente tem que começar a agregar isso.“, disse.
Independente das histórias de vida, um coisa é certa: elas são suaves como uma pluma, valiosas, como o ouro branco da bahia e sobretudo fortes, como o agro brasileiro.
Determinada, Cleuma Francisca deixou um recado para todas as mulheres, que muitas vezes são inferiorizadas e reprimidas ao tentarem algo que comumente é executado apenas por homens.
Cleuma Francisca durante aula do curso de empilhadeira | Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural Bahia
Não desistam, procurem seu lugar na sociedade, se integrar… Por que nós somos capazes, nós podemos também. Se o homem pode, porque a mulher não pode? Nós temos que ocupar nosso lugar também”, disse.
Outros cursos de capacitação gratuitos também estão disponíveis para todos os públicos. Para saber mais informações, clique aqui.
A operação Força Total visa retirar armas e drogas de circulação, além de desarticular grupos criminosos
A Polícia Militar deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (20), mais uma edição da Operação Força Total. A iniciativa, que acontece simultaneamente em todas as cidades baianas e em outros estados, mobiliza efetivo e viaturas para ampliar a segurança da população e coibir a criminalidade.
Ao longo do dia, as equipes atuarão em pontos estratégicos com abordagens a pessoas e veículos, no cumprimento de mandados de prisão e ações baseadas em inteligência. A operação visa retirar armas e drogas de circulação, além de desarticular grupos criminosos, fortalecendo a segurança em todo o estado.
A mobilização segue até o fim do dia, reafirmando o compromisso da PMBA com a proteção da sociedade por meio de presença ostensiva e ações preventivas.
Um professor, de 44 anos, foi preso acusado de estupro contra uma aluna, de dez anos, em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento. Antes de ser detido, o acusado chegou a ser espancado por moradores. O caso ocorreu na tarde desta quinta-feira (20) no bairro Baianão, em Porto Seguro.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o crime foi descoberto pela mãe da criança que foi ao local, mas não a encontrou na sala de aula. Ao chamar pela menina, a mulher viu a filha sair do banheiro com o professor
A menina chegou a dizer que o acusado tinha tocado nas partes íntimas dela e que o ato já teria ocorrido outras vezes. O suspeito tentou escapar pulando pela janela do prédio, mas foi contido e agredido por um grupo de pessoas. Depois, ele foi atendido em uma unidade de saúde e em seguida levado para uma delegacia.
Em depoimento, o acusado, que é professor de informática, relatou que abraçou a menina, tocou o corpo dela por cima da roupa e deu um beijo próximo à boca, mas negou que tivesse feito relação sexual. A prisão preventiva foi cumprida por agentes da Delegacia da Mulher da cidade.